Youcat responde: “Encontramos a verdadeira fé na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja {76, 80-82, 85-87, 97, 100}”.
E continua: O Novo TESTAMENTO surgiu da fé da Igreja. Escritura e tradição pertencem-se mutuamente. A transmissão da fé não ocorre primordialmente através de textos. Santo Hilário de Poitiers, bispo da Igreja antiga dizia: ‘A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais que em pergaminho’. Já os discípulos e os APÓSTOLOS tiveram a experiência da Vida Nova antes de mais através da comunhão viva com Jesus. A jovem Igreja convidou outras pessoas a esta comunhão, que continuou de outra maneira após a ressurreição. Os primeiros cristãos eram ‘assíduos ao ensino dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações (At 2,42).’ Eles eram unidos entre si, mas tinham espaço para os outros. É isto que constitui a fé até hoje: os cristãos convidam outras pessoas para descobrirem a comunhão com Deus, a qual, desde os tempos dos Apóstolos se manteve genuína na Igreja Católica.”
Citações Youcat: “Portanto, a sagrada Tradição e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. (Concílio Vaticano II, Dei verbum, n°.9).”
Reflexão:
A história envolvendo Balaão é exemplo marcante: Leitura Bíblica; Números, 22 (Bíblia CNBB):
1. | Os israelitas partiram e acamparam nas planícies de Moab, do outro lado do Jordão, na altura de Jericó. | |
2. | Balac filho de Sefor soube de tudo o que Israel tinha feito aos amorreus. | |
3. | Moab ficou com muito medo de um povo tão numeroso e entrou em pânico diante dos israelitas, | |
4. | e disse aos anciãos dos madianitas: “Esta horda vai agora devorar os arredores, como um boi devora o capim”. Balac filho de Sefor era então o rei de Moab. | |
5. | Ele enviou mensageiros a Balaão filho de Beor, em Petor, junto do rio, na terra dos amonitas, para que o chamassem, dizendo: “Acaba de sair do Egito um povo que cobre a superfície da terra, e veio morar perto de mim. | |
6. | Peço-te, portanto, que venhas amaldiçoá-lo para mim, pois é um povo mais forte do que eu. Talvez assim consiga derrotá-lo e expulsá-lo do país. Pois eu sei que fica abençoado quem abençoas, e amaldiçoado quem amaldiçoas”. | |
7. | Os anciãos de Moab e os de Madiã, levando consigo o pagamento do adivinho, foram até Balaão e lhe transmitiram as palavras de Balac. | |
8. | Ele lhes disse: “Passai a noite aqui, e vos darei a resposta de acordo com o que o SENHOR me falar”. Os chefes moabitas ficaram com Balaão. | |
9. | Deus veio ao encontro de Balaão e perguntou: “Quem são esses homens que estão contigo?” | |
10. | Balaão respondeu a Deus: “Foi Balac filho de Sefor, rei de Moab, que os enviou a mim, dizendo: | |
11. | O povo que saiu do Egito já cobre a superfície da terra. Vem, pois, e esconjura-o para mim. Assim talvez eu possa combatê-lo e expulsá-lo”. | |
12. | Deus disse a Balaão: “Não vás com eles nem amaldiçoes esse povo, pois é abençoado”. | |
13. | De manhã, ao se levantar, Balaão disse aos chefes de Balac: “Voltai para a vossa terra, pois o SENHOR não me deixa ir convosco”. | |
14. | Levantando-se os chefes de Moab voltaram a Balac e disseram: “Balaão nega-se a nos acompanhar”. | |
15. | Balac tornou a enviar outros chefes, mais numerosos e mais importantes do que os primeiros. | |
16. | Chegando a Balaão, disseram-lhe: “Assim diz Balac filho de Sefor: Não te recuses a vir ter comigo. | |
17. | Eu te pagarei generosamente e farei tudo o que me pedires. Vem, pois, esconjura-me esse povo”. | |
18. | Balaão respondeu aos ministros de Balac: “Ainda que Balac me desse o seu palácio cheio de prata e ouro, eu não poderia transgredir as ordens do SENHOR meu Deus, fazendo qualquer coisa por mínima que seja. | |
19. | Assim sendo, ficai aqui também vós esta noite, para que eu saiba o que o SENHOR tem a me dizer de novo”. | |
20. | Durante a noite, Deus veio encontrar Balaão e lhe disse: “Já que esses homens vieram para te chamar, levanta-te e vai com eles. Entretanto, só poderás fazer o que eu te disser”. | |
21. | Na manhã seguinte, Balaão levantou-se, encilhou a mula e acompanhou os chefes moabitas. | |
22. | Ora, Deus inflamou-se de ira pelo fato de ele ter partido. O anjo do SENHOR postou-se no caminho para lhe barrar a passagem a Balaão, que ia montado na mula, acompanhado de dois criados. | |
23. | Ao ver o anjo do SENHOR parado no caminho, com a espada desembainhada na mão, a mula desviou-se do caminho e começou a andar pelo campo. Balaão se pôs a espancar a mula para reconduzi-la ao caminho. | |
24. | Então o anjo colocou-se numa trilha entre as vinhas, ladeada de ambos os lados por um muro. | |
25. | Ao ver o anjo do SENHOR, a mula encostou-se contra uma das paredes. Como ela apertasse a perna de Balaão contra a parede, ele começou a surrá-la de novo. | |
26. | O anjo do SENHOR tornou a passar na frente e postou-se num lugar bem estreito, que não dava passagem nem pela direita nem pela esquerda. | |
27. | Ao ver o anjo do SENHOR a mula empacou. Balaão, enfurecido, bateu na mula com uma vara. | |
28. | Então o SENHOR abriu a boca da mula, e ela disse a Balaão: “Que te fiz eu, para me espancares já pela terceira vez?” | |
29. | Balaão respondeu à mula: “Porque me estás provocando! Se tivesse uma faca na mão, agora mesmo te mataria”. | |
30. | E a mula respondeu a Balaão: “Não sou eu a tua mula que até hoje sempre montaste? Será que costumo agir assim contigo?” — “Não”, respondeu ele. | |
31. | Então o SENHOR abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do SENHOR parado no caminho, com a espada desembainhada na mão. Balaão ajoelhou-se e prostrou-se por terra. | |
32. | O anjo do SENHOR lhe disse: “Por que já por três vezes espancaste a mula? Fui eu que saí para te barrar a passagem, pois o caminho que segues me parece perigoso. | |
33. | A mula me viu e já por três vezes se desviou de mim. Se ela não se tivesse esquivado de mim, certamente eu te haveria matado, e ela ficaria viva”. | |
34. | Então Balaão disse ao anjo do SENHOR: “Pequei, sem saber que eras tu que estavas no caminho à minha espera. Mas agora, se isso te desagrada, voltarei para casa”. | |
35. | O anjo do SENHOR respondeu a Balaão: “Vai com esses homens! Mas poderás dizer somente o que eu te disser”. E Balaão acompanhou os chefes de Balac. | |
36. | Balac soube da chegada de Balaão e saiu-lhe ao encontro até Ar Moab, junto à fronteira do Arnon, nos confins do território. | |
37. | Balac disse a Balaão: “Não te enviei mensageiros para te chamar? Por que não vieste? Será verdade que não sou capaz de pagar-te devidamente?” | |
38. | Balaão respondeu a Balac: “Como vês, eu vim para junto de ti. E agora, serei eu capaz de dizer alguma coisa? Só poderei dizer o que o SENHOR me puser na boca”. | |
39. | Balaão acompanhou Balac até chegarem a Cariat-Husot. | |
40. | Balac sacrificou bois e ovelhas e mandou servir porções a Balaão e aos chefes que o acompanhavam. | |
41. | Na manhã seguinte Balac tomou consigo Balaão e o fez subir a Bamot-Baal, de onde ele podia ver uma pequena parte do povo † de Israel. |
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Relembrando o youcat: “Os primeiros cristãos eram ‘assíduos ao ensino dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações (At 2,42).’
Assim, procuravam viver em conformidade com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Viver o “Pai Nosso”, santificando o Nome e fazendo a Vontade do Pai.
Ainda refletindo: Com base na palavra de Deus e na tradição da Santa Igreja, podemos dizer com tranquilidade que a fé é dom de Deus. O Espírito Santo de Deus põe uma inquietação especial no coração do ser humano, levando-o a sentir sede de Deus, ter vontade de conhecê-lo e aproximar-se d’Ele.
Salmos, 42:
1. | [ Ao maestro do coro. Poema. Dos filhos de Coré. ] | |
2. | Como a corça deseja as águas correntes, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus. | |
3. | A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando hei de ir ver a face de Deus? | |
4. | § As lágrimas são meu pão dia e noite, enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está teu Deus?” | |
5. | Disto me lembro e meu coração se aflige: quando eu passava junto à tenda admirável, rumo à casa de Deus, entre cantos de alegria e de louvor de uma multidão em festa. | |
6. | § Por que estás triste, minh’alma? por que gemes dentro de mim? Espera em Deus, ainda poderei louvá-lo, a ele, que é a salvação do meu rosto e meu Deus. | |
7. | Em mim se abate a minha alma; por isso de ti me recordo na terra do Jordão e do Hermon, no monte Misar. | |
8. | Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas cascatas; as tuas vagas e ondas todas passaram sobre mim. | |
9. | § De dia o SENHOR me dá sua graça, de noite elevo a ele meu canto, minha prece ao Deus da minha vida. | |
10. | Digo a Deus, minha defesa: “Por que me esqueceste? Por que ando triste, oprimido pelo inimigo?” | |
11. | Pelo insulto dos meus adversários estão quebrados meus ossos; enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está teu Deus?” | |
12. | § Por que estás triste, minha alma? por que gemes dentro de mim? Espera em Deus, ainda poderei louvá-lo, a ele, que é a salvação do meu rosto e meu Deus. |
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